Presságio
Na noite insone Pupilas estelares dilatadas perscrutam as trevas... Alma em desalinho, Debruço-me sobre tua face... Esta, tão descuidada Mais parece um raio de luar Alheia ao meu desenlace... Na penumbra do quarto, O negro dos cabelos teus Emolduram o sofrimento No qual eu me reparto. Presságios... Sentimentos... Nuances de adeus... Teu leve ressonar È pressaga elegia Na noite! Ai, não mais te amar... Indiferente avança o dia E traz o sol à revelia ! Ou serão apenas teus olhos? Teus olhos abrindo-se nas asas da manhã E trazendo por entre os abrolhos, do nosso amor, a terna magia? Teca
Enviado por Teca em 14/07/2008
Alterado em 06/09/2008 |