Das coisas...
Cavernas cavar Trançar frios fios Na obscuridade eterna E no cerne úmido e arredio Decifrar a linguagem das coisas... Ah... das coisas O signo A concretude... O linguajar caudaloso, digno, A eloquente espessura... O desvelar do mantra! O manto, qual austero pergaminho A cobrir caminhos... Surdo linguajar o das coisas Cujo balbucio Traz à margem dos olhos Canais de lágrimas, risos, E florescentes papiros... Na aragem, milenares suspiros! Adejam penas de amor Nas asas dos pássaros... No homem em doloroso arrepio Emerge das coisas a alma Em pleno fio... da navalha! Teca
Enviado por Teca em 28/09/2008
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