Ai de mim
Num dia assim
Pássaros em bando E eu morta,ai de mim, Alheia a todo encanto das flores, do vinho, da uva. Uva roxa como a morte Que se fará minha consorte, Nesse dia assinalado Casamento marcado, O qual dia ignoro E deploro. Morta Ai de mim Que amo a dança, O riso,o gorjeio do sabiá, Que há de cantar enfim Tão funesta aliança. Eu morta Insensivel qual porta, Ao canto da vida Agora alhures, lá Onde a morte não comporta E aos poucos olvidará As velhas notas Dos meus labios selados. E eu morta Indiferente ao canto da vida Que explode em frente????? AH! Ao cantar do sabiá, Meu coração vai despertar. Qual noiva encantada O sono da morte hei de vencer, Que a morte é nada Ao cantar do sabiá no alvorecer!
Teca
Enviado por Teca em 09/03/2006
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