A CIGARRA A cigarra é franzina Asas trêmulas, vibrando... Mais parece uma casquinha Ao sol, tremulando... tremulando... Mas o canto da cigarra! Entra na alma da gente, agarra, Agarra,arranha e sai assim: Sim, eu vim, zuim...Zuimmmm, Zuim, e vou semeando quintais velhos mangueirais,jabuticabeiras sem fim Acordando lembranças sem fronteiras Novas e velhas praças, horizontes Sol a pino, bolinhas de gude,e uma fonte Sem idade, a jorrar aos borbotões No fremir do tempo! Tempo das cigarras... Ah... a velha cigarra, trazida na flauta de pã... Tocando a magia da tarde, A cigarra agarra a gente,leva na cantoria E à revelia e com efusivo alarde , Vão e vêm: Sóis,luas,brinquedos, rodando quais belos piões Ao fremir da cigarra em seu eterno enredo Zuim, zuim...e as poucas árvores falam assim:Já vi, Juro que vi, que vi... sim... sim... Teca
Enviado por Teca em 19/11/2008
Alterado em 19/11/2008 |