manhã de chuva
Chove
E a manhã, devolve o afã do dia, que nasce banhado na poesia da chuva.. A chuva verte seu pranto, cai feito luva E veste a manhã. Inerte, ensaio um canto, que morre na garganta, pois, da chuva,sedenta, sou árida terra que a chuva alimenta. Meu sonho erra sem destino, escorre pelo chão, no desatino da razão. Escorre também a alma, pela chuva levada. E beija a calçada, os becos, as ruas. Alma lavada na calma prateada da chuva, Mergulho na terra, meu orgulho vazio, e esvazio o pranto... Canto, Agora ao romper da aurora. È um canto salgado feito de chuva á lagrimas regado. Mas... Canto!
Teca
Enviado por Teca em 09/04/2006
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