Na cruz
Céu de chumbo,
Nuvens pesadas por sobre o mundo. No alto do monte vozes sussurradas... Trinta moedas Trinta,e mais nada. E,um homem agoniza. A cruz contra o horizonte, faz da terra,o que parece ser nau á deriva... A face é desfigurada, contorcida de dor, e pálida. Os olhos opacos, refletem humanos fracassos, pairam sobre a fúria ensandecida, contemplam a mãe combalida e, então choram com ela. Ela, trêmula,esquálida é amparada pelos fracos mas... fiéis. E o sangue.O sangue, aos golpes,verte,desce, e aduba a terra... Até que o homem,exangue, dá um grande grito. Parece, então, que tudo se encerra. Pois, o homem da cruz, padece, e morre. Mas... Já do alto, rasga o céu forte luz. E, o povo em sobressalto, Num breve segundo, o homem reconhece. E, então dão o grito, que vem do infinito, que vem do fundo, das entranhas do mundo: - Esse homem tem um nome, È ele o Cristo! O Messias! Então, tremem fortificações, Abre-se da terra o seio. Ventos,tremores,furacões confirmam! Esse é o nome do que veio salvar povos,e nações. E, este sangue,esta água, Não vertem em vão. Este sangue,fecunda corações e esta água que da cruz deságua, é agora, água da Vida, Poder de ressurreição!
Teca
Enviado por Teca em 13/04/2006
Alterado em 07/12/2007 |