Alma pantaneira
Sul matogrossense Menina trigueira Virginal ardencia, que dasabrocha , nos belos curixos, e nos doces sussurros de todos os bichos, ao despertar da madrugada.... Alma Pantaneira prenhe de magia verde encanto, na pasmaceira do meio dia.... Alma pantaneira, que desperta no pranto, da lânguida viola, Que nos dedos crioulos a alma consola, e parece responder no canto dos pássaros, e aves ao entardecer... Paraiso intocado, Reduto de veados, e das onças, que margeiam seus banhados. Pantanal dos bacuris, Piranhas, lambaris, capivaras, antas, suas belezas são tantas, como só se vê aqui. Seu povo..... é feliz nesse mundo novo. feliz, como só aqui só aqui se pode ser. Tem o pantaneiro um grande coração coração renovado puro, hospitaleiro, e está sempre pronto a dar a mão. Mas... È nas cordas da viola, que ele se derrama, fazendo côro sem nenhum decôro á natureza exuberante e ao seu berrante, amigo constante da lida sua desde o romper do dia. Alma nua, Alma vestida de alegria.... Viola e berrante estão sempre á mão, á todo instante, qual seu coração. De manhã, dá gosto de ver , da vida, o afã, a despertar o alvorecer E a boiada na extensão, partilhar o mesmo chão c'o a pintada, e o belo arancuã.... Tamanha é a emoção que me ponho á cismar... Será que morri, e o paraiso é aqui? Teca
Enviado por Teca em 18/04/2006
Alterado em 21/04/2006 |