voz no infinito...
Um tapete dourado
Bordado de luz diamantina, Todo belo,se atira na extensão, E vem beijar o mar exaltado. Esse,abraça o céu de luz purpurina, E, desmaia de prazer noturno... Tamanha é sua comoção. Tudo é perfeita harmonia, Tudo é beleza sem par. Exaltação da grandeza, Perfeita simetria no espaço a reinar. Mas, toda essa beleza A quem vem saudar? Aì,contemplo o firmamento, E, o vejo firme na extensão, Rico,de lindas estrelas ornado. Então,desço os olhos um momento, E me deparo no confuso aluvião que o homem retem angustiado... E,penso,o que nos falta afinal, Por que sofremos dilacerados Nesse paraíso encantado? Buscando respostas,abro o jornal, Tenho tempo,hoje é feriado. Posso enfim ler sossegado... Na página primeira estampada, A resposta ao alcance da mão: Mortos, feridos,por...Nada Até por brigas do timão, Por heranças,poder,sei lá o que... Então entendo! ninguem olha o céu, Ninguém mais o vê.... Se olhassem,veriam além do véu. Alguem,lá em cima tudo isso fez, Enfeitou,jogou ouro no infinito, Como, a gritar de uma vez, Num grande poderoso grito: Olhem o céu,tirem os olhos do "chão" Sejam homens,cultivem o espirito, Vejam minha Luz na imensidão, Ela vos chama ao amor e ao perdão!
Teca
Enviado por Teca em 22/04/2006
Alterado em 22/04/2006 |