Sobre a tarde..
No quarto mal dormido, meias, lençóis, taças...Um fiapo de luz declina. Tudo guarda resquicios de ontem... A janela traz um vento de flores primaveris, mas Adelline cerra os olhos... Ah, se hoje fosse ontem... Se o tempo não houvesse conspirado... Se a verdade não a tivesse atravessado janela adentro... Mas, a porta estava aínda entreaberta e o levara com o sol. A mulher descobrira o romance secreto das noites ausentes, e mais... O primeiro filho chegara também e com ele o sentido e a força do adeus. O adeus que já havia sido anunciado, e chegaria numa manhã qualquer... E chegou. E agora? Pergunta ela à tarde. Esta dá-lhe como resposta, o perfume de suas rosas... Rubras. Teca
Enviado por Teca em 27/09/2011
Alterado em 27/09/2011 |