Poeminha noturno
E, se o poema me anoitece em lencóis de estrelas me aconchega, ah, eu me ponho a sonhar... Sonho versos, (rios noturnos) enquanto a noite não fenece. A noite, sendo mãe não adormece. Então eu sonho, con_verso, a_dor_meço, adormeço, alma rasinha, na palma da mão, que o sol, o sol é amanhã, e amanhã não é agora. Agora sou só poesia. Longe, longe, a noite esconde a face do dia. Posso sonhar versos possiveis(?)... À noite adejo livre até que venha o dia e traga em sua bagagem toda mazela que a luz do dia revela: IPTU, IPVA, POLITICAGEM, etceteragem... Aqui não, aqui é o terreiro da noite. Aqui, no fundo dessa noite escura, um cidadão pode respirar, versar, banir o desgoverno esse que aí está, que amanhã à porta baterá, olhos gordos, cobiçosos, boca enorme pronta ao povo devorar. Mas... quem sabe... Até lá... Melhor sonhar. Obrigada amigo Aleixenko pela brilhante interação Vou eu a contragosto Do nada resolvi ficar taciturno Sonhar aínda não paga imposto O governo nos pisa de coturno Se me engana é que eu gosto E se nos mandarem para saturno? Teca
Enviado por Teca em 25/01/2015
Alterado em 27/01/2015 |