Atalhos da alma...
Lua alta... Ribalta da vida.. No centro cerrado do céu O vento encabula medroso Bela dama da noite... Esta, ébria, se joga ao léu E a essência de seu perfume manhoso O ar ar-re-pia... ! A bela dama da noite em meu jardim floresceu... Confiante, viajo no calor do seu perfume Vago na noite do tempo do sem fim Percorro atalhos de mim Por luz ,um vagalume Por rastro, o perfume que da flor emana.. Assim minh'alma o álbum do tempo desfia!! A flor na sua mágica alquimia Separa velhas, ternas fotografias Ah!................................................................. Aqui meninas, meninos, Os folguedos de rua A praça da igreja O velho sino... Veja...! Alí, a lua Toda nua Despudorada A rodar em plena calçada Brinca com a alma da gente Esfuziante, contente Não se faz de rogada Não se temia nada, Nada... Somente lobisomem Mas... Se a lua não estava cheia... Prossigo viagem A flor,seu perfume E mestre vagalume Conhecem da infância atalhos como ninguém... Juntos, deixamos o deserto da Dor Cercanias do queixume... Ah! aí perdemos alguém Nos entre vãos do além... Mas a dama da noite Despe da memória os açoites... O tempo não espera! Em ritmo veloz Deixamos quintais Fogueiras de São João Coisas do NUNCA MAIS... Só encontradas no recanto do coração Onde estão recolhidas: Brincadeiras, cantigas E a inocência perdida... Hora de despedidas... Ultima chamada da Vida: Recomeçar Recomeçar sempre, Sempre... Sempre recomeçar Até ... O tempo parar... Teca
Enviado por Teca em 14/06/2007
Alterado em 12/07/2007 |