Janelas... Na leveza da tarde Lenta agonia... Oscila a noite enrubescida E desponta sem alarde... Entre suspiros azuis Desfalece o dia E a brisa arrepia As franjas da cortina No gemido de uma prece Ave Maria... Tudo é surreal Hora de luz e sombra E as janelas... Ah! as janelas! Trazem das estrelas poesia que sem elas não viria... Imaculado cristal Traz a estrela vesperal... fosforescem as janelas E vidas são devassadas... De repente surge no umbral Do flash que a noite revela: Aqui uma tela Ali um abajour... Um vulto que passa Emoldura a janela Atrás da vidraça Amostras de vida... Teca
Enviado por Teca em 30/06/2007
Alterado em 02/11/2007 |