Não mais
No fundo dos meus olhos Explode a dor em lama Cadáveres de sonhos deslizam chorosos. No fundo dos olhos o rio. O rio outrora doce Agora jaz. Em sua goela, sob a noite O estertor ... Surda, a lama dorme em berço esplêndido nos vales corruptos. Ó morte filha da insensatez Dança, dança sua frenética estupidez! Desfila sua dura cerviz sobre o rio. O rio? Não mais o rio. Não mais os peixinhos, a relva, e os olhares febris dos pescadores. Não mais a terna preguiça dos finais de tarde... Não mais o riso das criancas embalando o sono do rio.. Não mais. goela aberta sobre a noite O estertor Teca
Enviado por Teca em 10/12/2015
Alterado em 11/12/2016 |