Fora do o texto
Tão fora do contexto Essa dor sem rosto Entrelinhas do tempo sem pré _texto! Nesse turbilhão vôo a riveria. Livre, mergulho em meu próprio desvio Vou por caminhos onde jamais iria... Na boca, esboço de um riso de fumaça. Em meus escombros, tudo perfeito Até esse gesto inútil, contrafeito Ritual, cirurgico, alma ausente... Quem me dera a dor da paixão Que, em cortando- me asas, abrisse espaços para os pés nesse chão, acendesse a velha morada e suas brasas... Ah, na cozinha a parentela ao redor do fogão No jardim, novinho, meu velho cão. Aquele bom e velho sol sorrindo na janela Olhos amigos debruçados em meu portão Traquinagens ao entarder, um desencanto que seja. Ah, colocar aí o sabor de um abraço desses de verdade, quentinho recheado, gordo, saído de um forno de quintal, sem código de barras, cheirando à perdão. E... um tempo longo... Colhido madurinho Com os frutos da estação. ... Teca
Enviado por Teca em 25/08/2016
Alterado em 16/10/2016 |