Gestação
A madrugada silenciou Da noite o agito Na curva dos teus lábios entreabertos... Recolheu aí a dor do que não fui e não sou Encerrando em tí o meu grito E este caminhar incerto No céu da tua boca O apelo de todos os pássaros Recolhido ao ocaso E o gemido dos meus fracassos Contra um céu onde sangram astros... Mas tu dormes docemente Em meio à tempestade... Sob os olhos em mistério gestas O júbilo crescente Da manhã que avança No espaço insondável deste olhar... No horizonte prenuncias um hino de esperança, Promessas de flores e sonhos a cultivar! Teca
Enviado por Teca em 02/09/2007
Alterado em 04/11/2007 |