Novembro pantaneiro
Esse novembro azul Deflagra tenras manhãs Nuvens de seda púrpura Nas asas do arancuã Debruçado em seu leito O velho rio sonolento Sussurra feliz beijando o eito, Coisas de paz e sossego ao vento De repente e ao longe O estranho ronco arrepiante Tem asas de metal e range, Sangra as veias do rio arfante Mas no instante seguinte Flores ribeirinhas em todo lugar E pássaros, bichos, nuvens e gente Ciosos de si, voltam a respirar Teca
Enviado por Teca em 06/11/2018
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