Anonimato
Anônimo grito o das ruas Anônima, impossivel a escalada O pranto surdo barrado nos condominios fechados. De ronda, a injustica muda, cega, e nua ... Anônima a cesta tão básica, tão basiquinha, embalo da fome, de um povo que aspira mais do que água com farinha. Pinga temperada na insone esperança de um emprego, um grude melhor ou quem sabe a morte que grassa livre e circula sem pejo nem fiança. Em outro planeta alhures a elegância o riso a graca por traz dos óculos escusos tão distantes... Na outra esquina, essa nave fechada essa cara de pau blindada. Anônima arma na mão encharca de medo o colarinho branco importado nesse pescoco imaculado ? Mas um dia o grito ecoa... Tem olhos, cheiro e avanca. E agora tem pressa. Quer beber a parte que lhe cabe no seu frisante! Atrevimento do miliante. E aínda deve o imposto que lhe foi imposto... Teca
Enviado por Teca em 17/01/2020
Alterado em 18/01/2020 |