O trem
passa. Passa... Passa o trem... Eu, pasma, Também... Indefesa assisto A tudo isto: Meu ser se transmuta Na fumaça Desse trem que tudo arrasta E à mim também... Em que paragens Deixou o trem Minhas belas roupagens Miragens Nas quais meus trilhos firmei? O vai e vem Desse trem famigerado Chega cada dia Feito circo no povoado... Traz nova Alegria. Até parece feriado ... Uma trégua... Sei.. Em um dia qualquer de agosto O trem levará o circo Deixando apenas um gosto Amargo e frio E um enorme vazio.. Mas, Hoje encaro de frente: A curva do tempo Que o trem devastou O sonho secreto que não vingou O segredo que se desfez Na estrela cadente E feliz constato Este fato: Além do medo Além dos fracassos Eis o que restou: Sou GENTE!!!! Ainda sou!! Teca
Enviado por Teca em 15/12/2007
Alterado em 16/12/2007 |